A construtora
aeronáutica europeia Airbus anunciou o fim da produção do seu A380, por vezes
conhecido por superjumbo, um avião de dois andares com capacidade para 544 passageiros
e que foi concebido para competir com o Boeing 747.
O A380 entrou ao
serviço no dia 25 de Outubro de 2007 na Singapore Airlines, mas rapidamente
ganhou as preferências das grandes companhias aéreas que apostaram na
imponência e na modernidade do novo avião, pelo que passou a integrar as frotas
da Emirates, da Lufthansa, da British Airways e da Qantas. Até agora a
Airbus entregou 234 aviões, o que
corresponde a menos de um quarto dos 1200 que previa vender e que era
considerado como o brek-even point do
projecto. O seu maior cliente é a Emirates que tem 109 unidades na sua frota.
Recentemente, as
vendas de aviões de quatro motores começaram a diminuir devido às novas
alternativas de bimotores menores, mais eficientes e de menor custo
operacional, casos do Boeing 787, do Boeing 777 e do Airbus 350. A Emirates, o maior
cliente da Airbus, também adoptou essa estratégia e reduziu de 162 para 123 o
número de encomendas do A380, substituindo-os por 70 aviões A350 e A330neo.
Nessas circunstâncias a Airbus decidiu acabar com a produção do A380, embora até
2021 ainda vá produzir 14 unidades para a Emirates e três para a companhia japonesa ASA.
Porém, a Airbus
anunciou que continuará a fornecer assistência técnica às companhias aéreas
pelo que a vida útil dos aparelhos
que estão actualmente ao serviço poderá ser prolongada algumas décadas.
O fim da produção do A380 põe em causa 3500 postos de
trabalho na França, Alemanha, Espanha e Reino Unido, os países que alimentam as
linhas de montagem da fábrica de Toulouse. La Dépêche du Midi, o jornal de
Toulouse, naturalmente que destacou esta notícia.
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