A edição de hoje
do jornal francês Le Télégramme ilustra a sua primeira página com a fotografia de
um submarino a propósito de um contrato assinado entre Paris e Camberra, que
prevê a construção pelo Naval Group francês (ex-DCNS) de doze submarinos da
última geração destinados à Marinha australiana e que custarão 31,4 mil milhões
de euros. É caso para dizer que à dúzia é mais barato! O jornal diz tratar-se de um contrato em ouro maciço ou que é o
contrato do século em matéria de defesa.
Os novos
submarinos serão construídos num novo estaleiro a construir no sul da Austrália
e o contrato vai criar cerca de 2.800 novos empregos no país, mas também 500
postos de trabalho na Bretanha, uma vez que todos os departamentos franceses do
Naval Group vão participar no projecto. É o maior projecto de defesa da
história da Austrália, mas também o maior projecto exportador alguma vez
assinado pelo Naval Group, que tem a participação societária do Estado francês.
O primeiro
submarino deverá ser concluído por volta de 2030.
Os especialistas
têm dito que as águas do norte e do leste da
Austrália já são o cenário de uma intensa luta de influência entre os Estados
Unidos, a China e as potências regionais. É conhecido o interesse e a
reivindicação da China pelo mar da China meridional, considerada uma área vital
para o abastecimento de minérios e de petróleo à economia chinesa. Com esta
encomenda de submarinos a Austrália acentua a sua vontade de afirmação regional
e de autonomia estratégica.
Por cá ainda há quem pense que dois submarinos é demasiado e que é preferível enterrar milhões nos BPN todos que há por aí, que parece não terem fim e que são sempre tratados pelo mesmo tipo de artistas.
Por cá ainda há quem pense que dois submarinos é demasiado e que é preferível enterrar milhões nos BPN todos que há por aí, que parece não terem fim e que são sempre tratados pelo mesmo tipo de artistas.
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