A
pandemia do covid-19 continua activa e, em maior ou menor escala, todo o
mundo está infectado e muito apreensivo em relação a uma situação de que se não
vislumbra o fim. O mundo fechou, o
mundo não produz, o mundo não sabe quanto tempo isto vai durar. A
imagem que a edição do The Economist escolheu para a sua edição
desta semana é bem sugestiva, pois mostra que, em paralelo com a calamidade
sanitária, também se desenha uma calamidade económica. Angela Merkel disse que
a Alemanha enfrenta o seu maior desafio desde a 2ª Guerra Mundial e António
Guterres pede solidariedade, cooperação internacional e esperança. A arrogância
ignorante de Trump e Bolsonaro já deu lugar à preocupação. O problema é
realmente sério. A quarentena ou o estado de emergência que têm sido decretados
na generalidade dos países têm o objectivo de travar os contágios e esse é o
aspecto mais importante, mas essas medidas drásticas estão a atrofiar as economias.
Em Portugal as primeiras consequências económicas já estão à vista
com a quebra na produção e no turismo, o encerramento de
empresas, a suspensão dos transportes aéreos, as falhas no
abastecimento público e o desemprego. A situação é grave mas, apesar disso,
ainda há alguns indivíduos que, tanto na política como na vida empresarial,
parecem não perceber isso e estão a procurar esta oportunidade para servirem os
seus interesses particulares, como se vai vendo diariamente nas reportagens apresentadas pelas televisões. É
lamentável que, nesta altura, ainda haja tantos portugueses a olhar para o seu
umbigo.
Porém, há que ter esperança e confiança em que os dias melhores virão
mais depressa do que se pensa.
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