Ontem em
Barcelona, no seu mais famoso local turístico e que é um passeio obrigatório para todos os que visitam a cidade,
aconteceu
uma tragédia que matou 13 pessoas e deixou mais de oito dezenas de feridos numa
acção já reivindicada pelo Daesh.
Depois de passar
a Praça da Catalunha, uma carrinha entrou na zona central das Ramblas,
exclusiva para peões, lançando-se a alta velocidade por essa larga avenida
pedonal que desce por algumas centenas de metros, atropelando muitas dezenas de
pessoas. A cidade e toda a Espanha ficaram em estado de choque, como se
verifica hoje na imprensa espanhola, mas também na imprensa internacional.
Este atentado vem
mostrar uma vez mais a globalização das ameaças que pesam sobre as sociedades
europeias, mas também vem unir a Espanha e, provavelmente, dissuadir os catalães
de optarem por saltos no escuro no que respeita às suas ideias separatistas, num
tempo de grande contestação à pressão turística e de muita tensão devido à possível
realização de um referendo sobre a independência da Catalunha, considerado
inconstitucional pela maioria das forças políticas. Esta tragédia vai,
portanto, ter alguma influência no futuro da Catalunha e da Espanha.
Segundo refere a
imprensa, em pouco mais de um ano aconteceram oito ataques em cidades europeias,
nos quais foram utilizados camiões ou carros contra as pessoas que circulavam
na via pública. O maior desses atentados aconteceu na cidade francesa de Nice onde em Junho de 2016 morreram 84 pessoas, mas também
já ocorreu em Berlim, Londres, Estocolmo e Paris. Estamos, portanto,
confrontados com uma ameaça global à segurança e à liberdade das pessoas.
Embora os últimos
tempos tenham sido de grandes tragédias em Portugal por causa dos incêndios
florestais e pela queda de uma árvore na ilha da Madeira, a barbaridade desta
acção jhiadista em Barcelona impressiona e vem confirmar que a nossa
liberdade e o nosso modo de vida estão cada vez mais condicionados.
Sem comentários:
Enviar um comentário