O canal do Panamá tem 82 quilómetros de
extensão, faz a ligação entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico e por ele
passam, anualmente, cerca de 13 mil navios que correspondem a 4% do comércio
mundial. O canal começou a ser construído em 1880 sob a direcção do engenheiro
francês Ferdinand de Lesseps, com base na sua própria experiência na construção
do canal do Suez, que havia sido concluído em 1869, mas depois de vicissitudes
e interrupções diversas, o canal só veio a ser concluído em 1914. É usualmente
aceite que, durante a sua construção, terão morrido 5.609 trabalhadores
vitimados sobretudo por doenças tropicais. O canal que foi uma maravilha
tecnológica no seu tempo e que tem sido modernizado, já não pode corresponder
às necessidades actuais. Assim, a China não perdeu tempo e entrou em acção,
tendo estudado várias alternativas para a construção de um novo canal na
Nicarágua. O novo canal já está escolhido, terá uma extensão de 200 quilómetros
e será mais profundo e mais largo do que o canal do Panamá. Segundo informa o
diário La Prensa de Manágua, o Congresso nicaraguense acaba de aprovar
a concessão da construção do canal a um grupo de Hong Kong e, além do canal, o
grupo deverá construir dois portos de águas profundas, um oleaduto, uma linha
férrea e um aeroporto internacional, podendo explorar o canal nos próximos cem
anos. Tudo para começar em finais de 2014 e para ficar concluído em 2019! As
autoridades nicaraguenses acreditam que este projecto irá tirar o país e os
seus 6 milhões de habitantes da pobreza e do subdesenvolvimento.
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