A viagem do Papa ao
Brasil revelou a consagração de um líder mundial cuja dimensão ultrapassa largamente
a sua condição de líder religioso. Os mass
media de todo o mundo, mas em especial os brasileiros, mostraram as
multidões e o Correio Braziliense foi
apenas um deles, ao exibir na sua primeira página a memorável fotografia de uma
multidão de 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana. As ventos de contestação que sopram em todo o
mundo e que tinham chegado ao Brasil, parece terem cessado de repente perante a espectacular onda de
entusiasmo, confiança, alegria e esperança que varreu a sociedade brasileira,
especialmente os mais desfavorecidos.
O mundo que vive
numa paz podre e precária, com inúmeros conflitos regionais um pouco por todo o
lado, com o fosso entre ricos e pobres a
alargar-se e com muitas revoltas contra a injustiça e a corrupção, pareceu
surpreendido. Nos tempos de incerteza que vivemos, já não estávamos habituados
a ouvir vozes mundiais verdadeiramente respeitadas, cujas atitudes aproveitem
ao homem e à Humanidade. Perante tudo isso, todos ficamos admirados com a grandeza de
um homem e do seu discurso a apelar à procura do bem comum e de uma visão humanista da economia, a revelar como são pequenos e vulgares os líderes
políticos que por aí andam, vergados pelo egoísmo e pela corrupção (como o Papa
denunciou), mas também sem outro projecto que não seja a defesa dos seus
próprios interesses. Nasceu, de facto,
um líder mundial que apela para a construção de um mundo melhor e mais solidário!
Oxalá daqui a pouco não comecem a tentar denegri-lo com ferroadas mesquinhas.
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