sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A tragédia que tanto enlutou a Argentina

Sem surpresa, a Marinha da Argentina anunciou ontem que dava por terminada a operação de busca e resgate dos 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, desaparecido desde há duas semanas no Atlântico Sul, por já ter passado "mais do que o dobro do tempo de busca” recomendado pelas práticas internacionais nestas situações.
Significa que as autoridades argentinas consideram que a guarnição não sobreviveu ao episódio ocorrido no dia 15 de Novembro, quando o submarino navegava de Ushuaia para a sua base em Mar del Plata e que, infelizmente, não há vidas para salvar.
No entanto, as operações de busca prosseguem para que o submarino possa ser localizado e, desde que foi anunciado o seu desaparecimento, têm estado envolvidos navios e aviões de inúmeros países com as mais desenvolvidas tecnologias utilizadas nestas emergências, estando anunciado o envolvimento nesta operação de 28 navios, nove meios aéreos e cerca de quatro mil pessoas. Trata-se, portanto, de uma operação multinacional em larga escala que está em marcha com a solidariedade que caracteriza a comunidade marítima.
Qualquer ocorrência marítima em que se perdem vidas humanas é sempre trágica, mas no caso do desaparecimento do submarino ARA San Juan torna-se dramática, pela longa e dolorosa ansiedade dos familiares dos tripulantes que durante vários dias esperaram por notícias. Ontem a Marinha da Argentina anunciou a má notícia e, hoje, o jornal Crónica que se publica em Buenos Aires, presta homenagem aos 44 submarinistas argentinos e classifica-os como heróis.
A Argentina emocionou-se e está de luto.

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