O Professor
Adriano Moreira faleceu ontem com cem anos de idade, que completara no passado
dia 6 de Setembro. Nesse dia, prestei-lhe a minha homenagem neste meu espaço
comunicacional e elogiei-lhe a sua sabedoria, a sua inteligência, a sua sensatez
e a sua devoção à causa pública.
Eu tinha por ele
uma estima reverencial e uma grande admiração pela sua agradável postura social,
pelo que dizia e pela forma como dizia, que se traduzia numa permanente
aprendizagem para quem o escutava. Eu ouvi-o muitas vezes e li muito do que
escreveu. Cruzei-me com ele pela primeira vez há 54 anos quando foi meu
professor no ISCSP e, mais tarde, reencontrei-o no ISNG da Marinha Portuguesa, onde
ele ensinava Ciência Política e eu tratava das aulas de Economia e Finanças.
Os anos passaram
e em 1998 encontrei-o como curador da Fundação Oriente, a instituição cultural
a que estive ligado durante alguns anos, onde por diversas vezes conversamos, sobretudo
a respeito da Marinha a que ambos estávamos ligados por razões sentimentais.
Em Fevereiro de
2017 fui convidado pelo Instituto D. João de Castro, a que ele então presidia, para
falar sobre “Goa contemporânea”. Recordo-me do evidente interesse com que o Professor Adriano Moreira acompanhou a minha exposição e das elogiosas palavras que no fim me dirigiu que, embora excessivas porque foram
ditadas pela amizade, tanto me emocionaram.
Hoje, a voz da
sociedade portuguesa é unânime na homenagem a este homem que foi uma
personalidade marcante da nossa vida política e cultural durante tantos anos.
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