sábado, 8 de janeiro de 2022

Novak Djokovic está ou não acima da lei?

No próximo dia 17 de Janeiro tem início o Open da Austrália, um dos quatro torneios de ténis que constituem o Grand Slam e que são os mais importantes da modalidade, tanto pelos seus avultados prémios em dinheiro, como pela atracção que suscitam nos mass media e no público. No seu historial destacam-se os nomes do sérvio Novak Djokovic, nove vezes vencedor do torneio e actual número um do ranking mundial, mas também do suíço Roger Federer que conseguiu seis vitórias. Ambos têm vinte vitórias nos torneios do Grand Slam, tal como o espanhol Rafael Nadal. Com 40 anos de idade, Federer não competirá em Melbourne pois estará em vésperas de se retirar; com 35 anos de idade, Nadal já está na Austrália para se preparar para uma eventual segunda vitória; com 34 anos de idade, Novak Djokovic foi impedido de entrar em território australiano por não estar vacinado contra o covid-19, tendo ficado retido no aeroporto durante várias horas e depois sido levado para um hotel nos subúrbios de Melbourne, que é usado para a detenção de imigrantes. O orgulho sérvio foi ferido, mas a lei australiana obriga a que quem queira entrar no país tenha sido antes vacinado contra o covid-19
Aleksander Vucic, o presidente da Sérvia, tratou de protestar mas Scott Morrison, o primeiro-ministro australiano, já veio afirmar que ninguém está acima da lei, enquanto um seu ministro afirmou que só porque se é rico, não se pode viajar pelo mundo contrariando as leis das outras nações. Um tribunal decidirá na segunda-feira sobre a deportação de Novak Djokovic, como refere o jornal australiano The West Australian que se publica em Perth, mas a opinião pública australiana vem acusando as autoridades de terem dois pesos e duas medidas, umas para os ricos e outras para os outros. O caso assumiu contornos diplomáticos e está a interessar meio mundo, enquanto o tenista alemão Alexander Zverev e o russo Daniil Medved espreitam a sua oportunidade.

1 comentário:

  1. Não basta ser bom para se ser "bom".
    E há muitos bons que ignoram que a humildade (condição necessária mas não suficiente) é um dos traços maiores dos realmente "bons".

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