A edição de hoje
do jornal Público destacou as fotografias sorridentes de Marcelo Rebelo de Sousa e de
António Costa, tendo escolhido como título a frase “Marcelo elogia primeiro ano
de Costa”.
O Presidente da
República e o Primeiro Ministro nunca esconderam que, embora sejam oriundos de
partidos políticos diferentes, sempre se deram bem e, por si só, esse facto
transforma a nossa vida política. O ambiente de confiança, de paz social e até
de alegria que hoje se vive na sociedade portuguesa, contrasta com o
pessimismo, a crispação permanente e o conformismo dos tempos da parelha
Cavaco-Passos, sem esquecer o irrevogável Portas, que agora anda a facturar
aquém e além fronteiras, numa ânsia/ganância por dinheiro.
O improvável
aconteceu em Portugal, isto é, constituiu-se uma maioria parlamentar que
suporta um Governo que acabou com aquela coisa do “arco da governação” e
elegeu-se um Presidente da República que nem fez campanha e de quem muitos
desconfiavam quanto à sua estabilidade emocional para ocupar o Palácio de
Belém. Ao fim de um ano, ninguém tem dúvidas sobre o bom andamento do país, com
a economia a crescer, o desemprego a diminuir, o défice orçamental controlado
abaixo dos 3%, os problemas do sistema financeiro em vias de resolução e com
uma baixíssima taxa de conflitualidade social. Como dizia o 1º Ministro do
Luxemburgo “tudo vos corre bem e até ganham o Europeu de Futebol, elegem um dos
vossos para Secretário-Geral das Nações Unidas e organizam a Websummit 2016 em
Lisboa”.
Naturalmente que
há problemas em Portugal, mas os resultados obtidos em contra-ciclo com a
Europa são notáveis. Apesar das incertezas do mundo, a confiança e a
estabilidade social parecem estar firmes neste canto ocidental da Europa e, ao
contrário do que sucedia há um ano, hoje temos muitos mais optimistas do que
cépticos. Marcelo Rebelo de Sousa não se esquivou como fazia o seu antecessor
de triste memória e elogiou o governo e os resultados que obteve. Que assim se
mantenham por muito mais tempo.
A Economia e a Sociologia, como ciências sociais que são, em contraponto às ditas exactas, dependem substancialmente das expectativas futuras das pessoas. E é inegável que estas melhoraram significativamente de um ano a esta parte.
ResponderEliminarNão nos podemos no entanto é esquecer da nossa dívida externa que voltou a subir e dos maiores juros da Europa que estamos a suportar por ela.