O resultado das eleições gregas gerou uma onda de alívio na generalidade dos países europeus, conforme revelam os títulos dos seus principais jornais, ao referirem que a Europa ainda respira e que o euro está salvo. Não tenho a certeza que assim seja.
A vitória da Nova Democracia com 29,66% dos votos foi muito escassa e, por isso, a governabilidade do país só será assegurada através da coligação com outros partidos, o que não se afigura fácil de concretizar e pode, inclusivamente, deixar tudo tal como estava antes das eleições ou ainda mais agravado, porque cada dia que passa torna tudo mais difícil. A equação grega está portanto mais complexa e, ao contrário do que é sugerido pela imprensa europeia, as eleições não vieram alterar substancialmente a situação, porque não surgiram novas ideias quanto à superação da crise social, da dívida pública, do desemprego ou da recessão económica. A vontade política da poderosa Alemanha e dos especuladores financeiros não se alterou. A desmoralização grega acentua-se e, curiosamente, ninguém festejou nas ruas o resultado das eleições. Apenas ficou expressa a vontade grega de permanecer no euro, porque está assumido que a passagem do euro para o dracma teria aspectos muito trágicos para as famílias e para as empresas.
A vitória da Nova Democracia com 29,66% dos votos foi muito escassa e, por isso, a governabilidade do país só será assegurada através da coligação com outros partidos, o que não se afigura fácil de concretizar e pode, inclusivamente, deixar tudo tal como estava antes das eleições ou ainda mais agravado, porque cada dia que passa torna tudo mais difícil. A equação grega está portanto mais complexa e, ao contrário do que é sugerido pela imprensa europeia, as eleições não vieram alterar substancialmente a situação, porque não surgiram novas ideias quanto à superação da crise social, da dívida pública, do desemprego ou da recessão económica. A vontade política da poderosa Alemanha e dos especuladores financeiros não se alterou. A desmoralização grega acentua-se e, curiosamente, ninguém festejou nas ruas o resultado das eleições. Apenas ficou expressa a vontade grega de permanecer no euro, porque está assumido que a passagem do euro para o dracma teria aspectos muito trágicos para as famílias e para as empresas.
Os famosos opinion makers Paul Krugman e Nouriel Roubini não se deixaram convencer por estes resultados e a sua previsão fatalista mantém-se: a Grécia acabará por sair do euro. E, como tem sido repetidamente dito, essa saída será uma caixa de Pandora para a Europa.
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