sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A chocante crueldade da guerra na Síria

A fotografia de Omran Daqneesh, um menino de 5 anos de idade que reside na cidade síria de Aleppo, foi publicada nas primeiras páginas dos principais jornais mundiais e, por exemplo, o jornal escocês The National publicou-a a seis colunas. A fotografia mostra Omran atordoado e coberto de pó e de sangue, depois de ter sido ferido e recolhido numa ambulância, na sequência de um bombardeamento aéreo efectuado sobre a cidade de Aleppo e tornou-se um símbolo da crueldade da guerra que se trava desde 2011.
Tal como muitos milhares de crianças sírias, o menino Omran não sabe o que é a paz, pois nunca conheceu outra coisa que não fosse a guerra. Esse facto tem que ter o repúdio da Humanidade e justifica que sejam censurados com firmeza os países e os dirigentes que têm alimentado a guerra, sem ter encontrado soluções para acabar com ela.
No caso concreto da guerra na Síria a  destruição humana e material é catastrófica. Depois de mais de cinco anos de guerra deixou de haver protagonistas bons e protagonistas maus. São todos maus e as grandes potências serão certamente as principais responsáveis por terem incentivado a guerra e não terem conseguido pará-la. Na actual fase do conflito é cada vez mais difícil perceber quem combate quem e quem apoia quem. O que é evidente é que a crueldade da guerra é cada vez maior.
A figura de Omran Daqneesh vai ficar gravada na memória de quem a viu e bom seria que fosse vista pelos dirigentes de Damasco, Ancara, Moscovo, Nova Iorque, Pequim, Londres, Paris, Teerão e tantas mais capitais. Para que actuem rapidamente na procura da paz.

1 comentário:

  1. Arrepiante e revoltante a imagem desta realidade, entre dezenas ou centenas de milhares de outras incógnitas.
    O Futuro, e parece que apenas infelizmente ele, necessariamente julgará os principais responsáveis que, sem sujarem as mãos, não se importam de sujar a consciência ao permitirem este estado de coisas.
    Como muito bem dizes, já não há aqui bons e maus, como nos filmes de cowboys da nossa juventude, são todos mais que maus, indignos de serem seres humanos.

    ResponderEliminar