quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Já vamos com seis meses de covid-1


Vários jornais portugueses lembraram hoje que passaram seis meses desde que, no dia 2 de Março, foram detectados os dois primeiros casos de covid-19 em Portugal. 
Desde então foram identificados 58.663 casos positivos de infecção por covid-19, dos quais cerca de 72% já recuperaram, mas a pandemia já provocou 1827 óbitos. A situação sanitária tem sido prolongada e catastrófica, tendo alterado o modo de vida dos grupos e das pessoas por todo o mundo, onde o número de óbitos se aproxima de um milhão, sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil, na Índia e no México.
Em Portugal, os efeitos do covid-19 têm sido demolidores no aspecto sanitário, mas também na vida económica e cultural. Tudo mudou. O quotidiano e o trabalho. As viagens e as férias. Os restaurantes e as escolas. Vieram os confinamentos, as máscaras, o distanciamento social. A actividade económica e, especialmente o turismo, tiveram quebras brutais e, no segundo trimestre do corrente ano, o produto nacional teve uma contração de 14,1% relativamente ao trimestre anterior e de 16,5% em relação ao segundo trimestre de 2019. Nunca acontecera. Foi uma verdadeira catástrofe. As consequências sobre o emprego foi a destruição de cerca de 180 mil empregos em apenas quatro meses, o que significa que haverá actualmente mais de 350 mil pessoas desempregadas em Portugal.
O Governo tem procurado tomar medidas para atenuar os efeitos desta crise económica provocada pela pandemia e, de uma forma geral, tem tido o apoio ou a neutralidade dos partidos políticos. Porém, o desafio é muito difícil, até porque está a ser perturbado por uma campanha presidencial prematura e, além disso, como quase sempre acontece na nossa terra, as corporações de interesses e os seus agentes aproveitam a oportunidade para apresentar exigências ao Governo que, mesmo que sejam justas, são inoportunas e incomportáveis. As necessidades são muitas, mas os nossos recursos são escassos. O que as corporações de interesses querem, implica sempre mais impostos ou mais dívida, o que nas actuais circunstâncias seria tão catastrófico como a própria pandemia.  

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