O que se passa em
Gaza é uma vergonha para o mundo civilizado, é a barbárie mais cruel que se
possa conceber e só pode gerar a indignação e a revolta da humanidade, embora
muitos líderes mundiais continuem a pactuar com o extremismo israelita e a bestialidade
de Benjamin Netanyahu.
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”,
assim escreveu Sophia de Mello Breyner na “Cantata da Paz”, um poema musicado
em 1970 por Francisco Fanhais, que apelava ao fim da guerra e ao respeito pela
dignidade humana. Nos dias que passam, este poema tornou-se tão actual como
quando foi escrito, então em sinal de revolta contra as guerras, contra todas
as guerras, desde o Vietname até à Guiné-Bissau.
Em Gaza, depois
das bombas, da destruição indiferenciada e de milhares de mortos, a fome
alastra e a situação humanitária degrada-se. Um quarto das crianças em Gaza
está subnutrida e, de acordo com a edição de ontem do diário francês Libération,
“mais de uma centena de ONG denunciam ‘une famine de masse’ ou uma fome generalizada
no enclave, onde as mortes por desnutrição se multiplicam por falta da ajuda
alimentar que está bloqueada por Israel”.
Nas suas edições
de hoje, alguns jornais internacionais de referência publicam expressivas
fotografias que denunciam os efeitos da fome na população de Gaza.
Dizem alguns
jornais que, perante o agravamento da situação, a União Europeia renovou as
ameaças a Israel e não excluiu a adopção de sanções, caso o regime extremista
de Netanyahu não cumpra o acordo firmado no início do mês de Julho sobre a melhoria da
crise humanitária em Gaza.
Que falta de vergonha...
Que conversa medíocre...
Que tristeza de Europa!
Já não tenho palavras!
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