A Europa que foi a bússola da humanidade
durante muitos séculos, tem andado à deriva e a ser governada por dirigentes
menores, incapazes e vaidosos, que cada vez são menos escutados no mundo. Um
dos mais chocantes aspectos da política europeia é a forma como têm sido
apoiados os sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e, inversamente, como
nada tem sido feito em relação à brutalidade e à desumanidade israelita contra
os palestinianos, sem uma crítica ou um veemente protesto. Algumas declarações
avulsas de um ou outro dirigente, não apagam a cumplicidade europeia para com
os horrores que os extremistas israelitas de Netanyahu praticam diariamente
sobre o esfomeado e humilhado povo palestiniano.
Acontece que a imprensa é dominada pelos
grandes interesses e que as suas linhas editoriais são cada vez menos
independentes, sendo dominadas pela desinformação
e, por isso, não é habitual que um qualquer jornal levante a sua voz para
condenar Israel pelo continuado massacre sobre o povo palestiniano. Por isso, a
edição de hoje do jornal britânico Daily Mirror merece o nosso
destaque, ao escrever END THIS HORROR NOW, em linha com o conteúdo de um
manifesto ontem divulgado.
Diz o jornal que o Reino Unido se juntou
a 24 outros países num manifesto pedindo o fim da guerra, quando mais 85
palestinianos foram mortos, apenas porque suplicavam por água e por comida. O
manifesto diz o seguinte:
"Nós, os signatários listados abaixo,
unimo-nos com uma mensagem simples e urgente: a guerra em Gaza deve terminar agora.
O sofrimento dos civis em Gaza atingiu novos patamares. O modelo de prestação
de ajuda do governo israelita é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os
residentes de Gaza da dignidade humana. A negação, por parte do governo
israelita, de assistência humanitária essencial à população civil é
inaceitável. Israel deve cumprir as suas obrigações ao abrigo do Direito
Internacional Humanitário.”
A declaração é assinada pelos ministros
dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca,
Estónia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letónia,
Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Polónia, Portugal,
Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Portugal assinou. Finalmente, houve uma
tomada de posição. O corajoso Rangel devia ter vergonha por ter esperado tanto
tempo.
Como é possível pessoas, países, dirigentes políticos, fecharem os olhos perante esta chacina organizada e criminosa? O ficarem na história como tal é pouco, deviam ter castigo em vida.
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