terça-feira, 19 de abril de 2022

Angola protege o seu património cultural

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi ontem evocado em todo o mundo sob a inspiração da Unesco e, em Angola, segundo hoje revela a edição do Jornal de Angola, ocorreram muitas iniciativas de que se destaca a classificação do Palácio do Governo, em Luanda, como novo registo do Património Histórico-Cultural Nacional.
De acordo com a directora-geral do Instituto Nacional do Património Cultural de Angola, o país conta actualmente com 265 monumentos e sítios classificados, embora a notícia do Jornal de Angola refira que são mais de trezentos. O facto é que parece que as autoridades angolanas estão a trabalhar para preservar o seu património cultural – património imaterial, património móvel e património imóvel – mas também para a sensibilização da sociedade sobre essa matéria, incluindo a consciencialização quanto aos efeitos ambientais na vida e na cultura dos povos.
Do registo nacional para o plano mundial há um enorme salto e, actualmente, Angola apenas tem Mbanza Kongo, que conserva os vestígios da capital do antigo Reino do Kongo, registada desde 2017 na World Heritage List da Unesco. Entretanto, a Unesco já tinha aceitado os processos de inscrição preliminar que agora deverão ser acelerados, das gravuras rupestres de Tchitundu-Hulu, no Namibe, do corredor do Kwanza que está ligado à rota da escravatura e da cidade de Cuito Cuanavale, que é considerada um símbolo da paz, do diálogo e da reconciliação nacional. O governo angolano anunciou agora que pretende avançar este ano com estas três candidaturas para inscrição na rota do património mundial da Unesco. É uma boa notícia para Angola e não só.

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