A República
Popular de Angola tem desde o dia 26 de
Setembro de 2017 um novo Presidente, escolhido nas eleições gerais realizadas
no dia 23 de Agosto. Depois de Agostinho Neto e de José Eduardo dos Santos, o
terceiro presidente angolano chama-se João Lourenço.
Em menos de dois
meses, o novo Presidente mostrou trabalho e determinação, pois procedeu à exoneração das administrações de várias empresas estatais dos sectores dos diamantes,
minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco
Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos. No
entanto, a decisão mais surpreendente foi a exoneração de Isabel dos Santos,
filha do anterior Presidente, do cargo de presidente da Sonangol, bem como o
afastamento de alguns membros da mesma família de altos cargos da administração
angolana.
A oposição tem elogiado a “revolução” que está a ser feita por João
Lourenço que nos seus discursos tem salientado a vontade de moralizar a
sociedade angolana e de combater eficazmente as práticas correntes de gestores
e de funcionários que lesam o interesse público. Porém, as corajosas medidas
que estão a ser tomadas não são do agrado geral e há algum mal-estar no seio do
MPLA entre os apoiantes das novas políticas e os chamados “eduardistas” que, de
certo modo, têm sido o alvo das medidas de saneamento da sociedade que estão a
ser tomadas.
Era conhecido o apoio dos Estados Unidos às iniciativas de João
Lourenço, mas a sua visita a Pretória e o entusiasmo com que ontem foi recebido
pelo Presidente Jacob Zuma, abrem novas e muito positivas perspectivas para
Angola, mas também para o entendimento e a cooperação futuros do sul da África. O Jornal de Angola referiu-se
a um dia histórico e é verdade, sobretudo se pensarmos que, ainda há bem pouco tempo, os dois países estiveram envolvidos numa dura e prolongada guerra.
Quando regressar a Luanda, João Lourenço chegará mais forte e mais confiante quanto ao caminho que iniciou para fazer de Angola um país melhor.
Quando regressar a Luanda, João Lourenço chegará mais forte e mais confiante quanto ao caminho que iniciou para fazer de Angola um país melhor.
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