No meio das
inúmeras polémicas que têm aparecido na esfera pública resultantes da ansiedade
das pessoas e do desconhecimento sobre a natureza do vírus que por aí anda, a
questão do uso ou não uso das máscaras de protecção está na ordem do dia.
Os asiáticos
usam-nas por rotina desde há muito tempo, mas na Europa Ocidental tem havido alguma
hesitação quanto ao seu uso.
Tanto quanto se sabe, o contágio por covid-19 é feito através de gotículas e
secreções que saem da boca quando uma pessoa espirra ou tosse e, por isso, a
máscara serve sobretudo para proteger as pessoas que se encontram ao redor de
quem usa a máscara e, de forma indirecta, também servem para proteger quem a usa. No entanto, porque não há certezas absolutas nem provas científicas
irrefutáveis quanto à evolução ou tratamento do covid-19, há espaço para todo o tipo de opiniões. Assim, uns acham que se deve usar máscara de protecção e outros acham que não. Enquanto alguns
países já obrigam ou recomendam o uso da máscara, as autoridades
sanitárias portuguesas continuam a considerar que “de acordo com a situação actual
em Portugal, não está indicado o uso de máscara para protecção individual, excepto
para os suspeitos de infeção por covid-19
e para as pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infecção por covid-19”. Assim, até agora, a Direcção-Geral
da Saúde (DGS) não recomenda o uso da máscara de protecção às pessoas que não
apresentem sintomas, até porque a máscara contribui para uma falsa sensação de
segurança e a sua eficácia obriga a que seja trocada com regularidade, o que
provavelmente não é feito pela generalidade dos que a usam. Por isso, até novas
recomendações da DGS, continuarei a cumprir as regras básicas da higiene e do
distanciamento social, mas sem usar máscara de protecção.
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