A revista alemã Der
Spiegel dedicou a primeira página da sua última edição ao acontecimento
a que chama o drama das máscaras, que
diz serem irritantes e odiadas, mas que ainda são a única esperança para evitar
que a pandemia do covid-19 alastre e
que aumente o número de pessoas contagiadas.
No momento actual
o surto pandémico parece estar num período indefinido um pouco por toda a
parte, porque se verificam sinais contraditórios, uns que mostram que o surto
está estabilizado ou mesmo em retrocesso, enquanto outros mostram algum
agravamento ou que já estaremos perante uma segunda vaga, o que bem preocupa as
autoridades. Sem o aparecimento de uma vacina eficaz, apesar da verdadeira
corrida que se verifica entre países e laboratórios rivais como se essa
descoberta científica fosse um caso de prestígio e não um contributo para a
saúde da humanidade, as medidas que têm sido adoptadas desde o início da
pandemia – distanciamento social, lavagem das mãos e uso de máscaras – continuam
a ser as mais recomendadas.
A recomendação
para o uso de máscaras tem-se intensificado e tem sido acolhida pelas populações,
dando origem a uma postura revelada pela primeira página do Der
Spiegel, que mostra a panóplia de máscaras que as pessoas usam para se protegerem do
contágio.
Porém, no caso português
e provavelmente mundial, as máscaras estão a tornar-se num novo e decorativo
acessório de moda, algumas vezes assinadas por fashion designers que as concebem e produzem para todos os gostos
e, algumas vezes, as vendem por preços exorbitantes. Além disso, as máscaras
também estão a transformar-se num suporte publicitário com as mais diversas
cores, decorações e mensagens, incluindo emblemas desportivos, logotipos
empresariais, símbolos de marcas comerciais, promoção de poderes autárquicos,
entre outras mensagens, isto é, protegem, decoram e ainda informam o espaço público. Ainda havemos de ver máscaras MRS ou máscaras CR7…
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