O mundo anda
muito nervoso e quando esse nervosismo chega aos Estados Unidos, todos ficamos
preocupados, como mostra o recente envio de explosivos para diversas
personalidades da vida política americana por via postal. A capa do New York Post ilustra bem esse nervosismo.
Os Estados Unidos
não são apenas o país mais rico do mundo e o país onde as questões de segurança
são tidas como a prioridade primeira das autoridades, mas são também uma
referência de estabilidade para meio mundo. Por isso, quando o terrorismo entra
no mais poderoso país do mundo, seja nos ataques às Torres Gémeas, seja no
envio de explosivos por via postal, a sociedade destabiliza-se e os cidadãos
preocupam-se. Evidentemente que
quem semeia ventos colhe tempestades e, por isso, o discurso agressivo e
provocador do Donald tem criado o ambiente onde o terrorismo e o espírito de vingança têm condições para
aparecer e prosperar.
Se a este ataque
que foi dirigido a personalidades do Partido Democrático americano e que está a deixar os Estados Unidos nervosos, juntarmos a
grave situação política que se antevê para o Brasil qualquer que seja o
resultado das próximas eleições, mais a agitação social que já está nas ruas da
Argentina, mais a gravíssima crise nacional na Venezuela e as revoluções
sociais em marcha na Nicarágua e nas Honduras, então parece termos todo o
continente americano muito agitado.
A presidência dos
Estados Unidos deveria ter um papel pacificador no continente e com muita
atenção aos ventos de mudança, o que implica muito diálogo e muita capacidade
de conciliação, mas também muito apoio aos países do Centro e do Sul do continente. Não é com a gritaria do Donald, nem com
muros na fronteira que se resolvem os problemas de um continente que está sob a
"ameaça" dos pobres e dos injustiçados.
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