Terminaram ontem
os Jogos Olímpicos de Inverno – Sochi 2014
– e, depois de duas semanas de
transmissões televisivas, algumas delas de grande espectacularidade, as
cerimónias de encerramento constituiram uma notável demonstração das
capacidades organizativas e artísticas russas. A aposta do Presidente Vladimir
Putin para afirmar ao mundo o prestígio da Rússia e para a reposicionar no
palco das grandes potências, foi ganha. Sucederam-se os elogios vindos de toda
a parte e a imprensa e a televisão mundiais deram larguíssima cobertura ao
acontecimento.
No campo
desportivo, as medalhas olímpicas foram conquistadas por atletas de 26 países,
tendo havido campeões olímpicos de 21 nacionalidades. A Federação Russa foi a
grande vencedora não só em termos organizativos, mas também em termos
desportivos, tendo os seus atletas conquistado um total de 33 medalhas das
quais 13 de ouro, seguindo-se a Noruega (26/11), o Canadá (25/10) , os Estados
Unidos (28/9) e a Holanda (24/8).
A cerimónia de encerramento foi um espectáculo memorável. O estádio Fisht começou por se tornar num imenso oceano por
onde desfilaram todas as comitivas desportivas participantes, após o que se
seguiu um espectáculo em que a Rússia mostrou as diferentes facetas da sua
diversificada matriz cultural, destacando alguns dos ícones da sua pintura, literatura,
música, bailado e circo. Assim, entre outros, a Rússia lembrou ao mundo Marc
Chagall, Tolstoy, Chekhov, Rachmaninoff, Dostoevsky
e Solzhenitsyn, entre outros, mas também
o Ballet Bolshoi e o Ballet Mariinsky, reunidos para prestar homenagem aos grandes
bailarinos russos. Esse desfile cultural e artístico terminou com as artes
circenses e com uma verdadeira tenda de circo montada no interior do estádio.
Entretanto, começou imediatamente a contagem decrescente para os Jogos
Olímpicos de Inverno de 2018, que se realizarão em Pyeongchang, na Coreia do
Sul.
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