Muitas cidades
americanas estão a passar por uma inesperada turbulência com dezenas de cidades
a assistirem a manifestações pacíficas de protesto contra a violência policial
e o racismo, mas também com tumultos e manifestações violentas, bloqueios de
estradas, ataques a carros e esquadras da polícia, destruição de mobiliário
urbano e assaltos e pilhagens a lojas nos centros das cidades. A morte de
George Floyd agitou a América e gerou o protesto. Em muitas cidades foi
decretado o recolher obrigatório e alguns governadores estaduais pediram a
intervenção da guarda nacional, enquanto já terá havido mais de 1.400 pessoas
detidas.
A situação
desenvolve-se num contexto social muito preocupante devido ao desemprego que já
se instalou na sociedade americana e, perante este quadro, o presidente Donald
tem-se desdobrado em declarações agressivas, em insultos aos governadores
estaduais e tem ameaçado com a intervenção das Forças Armadas.
As manifestações
chegaram às portas da Casa Branca, uma coisa que não se via desde a guerra do
Vietnam. O Donald assustou-se e refugiou-se no bunker que, supostamente, deveria abrigar o presidente em caso de
ataque nuclear. Centenas de manifestantes gritaram em frente da Casa Branca em
homenagem a George Floyd e gritaram palavras de ordem contra Trump, mas ele ameaçou-os
com “os cães mais cruéis e as armas mais ameaçadoras que eu já vi”. A
indignação e o protesto chegaram a todo o mundo e, nas suas edições de hoje, dezenas
de jornais de toda a Europa, noticiam a grave crise por que passam os Estados
Unidos e publicam a mesma fotografia dos manifestantes em frente Casa Branca,
mas nenhum jornal português publicou essa fotografia, o que mostra que a
imprensa portuguesa absolutamente desalinhada com a imprensa europeia.
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