O
secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, dirigiu ontem uma
mensagem ao mundo, tendo afirmado que durante o ano de 2017 “os conflitos se
aprofundaram e emergiram novos perigos, enquanto a ansiedade global relacionada
com as armas nucleares atingiu o seu pico desde a guerra fria”. Além disso,
acrescentou que as alterações climáticas estão a avançar mais rapidamente do
que os esforços para as enfrentar, que as desigualdades se acentuaram, que
persistem graves violações dos direitos humanos e que estão a aumentar os
nacionalismos e a xenofobia.
Apelou depois à
união de todos para tornar o mundo mais seguro e para solucionar os conflitos e
lançou um apelo e um desafio aos líderes de todo o mundo para que assumam um
compromisso, dizendo: “estreitem laços, lancem pontes, reconstruam a confiança,
reunindo as pessoas em torno de objetivos comuns”.
A mensagem de
António Guterres é um alerta para a Humanidade e, tendo sido dita em português,
constituiu um motivo de grande satisfação para a Lusofonia.
Após um ano de
mandato, António Guterres tem justificado a confiança do Conselho de Segurança
das Nações Unidas e tem-se afirmado como o homem certo para o lugar para que
foi eleito. Quando em Maio de 2016 recebeu em Coimbra o título de doutor honoris causa, o aplauso veio de todos
os quadrantes e o Presidente da República não lhe poupou
elogios: "Já disse várias vezes que o engenheiro António Guterres é a
figura mais brilhante da minha geração" e "considero que ele foi,
porventura, o primeiro-ministro mais amado de Portugal". Um homem destes é
um fenómeno raro e, por isso, muito há ainda a esperar do seu desempenho como secretário-geral
das Nações Unidas.
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