António Guterres
foi reeleito por unanimidade para um novo mandato como Secretário-Geral das
Nações Unidas e esse facto é relevante, não só porque significa que a
comunidade mundial apreciou o seu primeiro mandato, mas também porque a
unanimidade não parece ser a norma habitual daquela instituição.
Quando em 2016
foi eleito pela primeira vez para aquele cargo, de entre os elogios que recebeu de todos os
sectores da sociedade portuguesa, destacou-se aquele que lhe fez Marcelo Rebelo
de Sousa ao referir-se-lhe como “o melhor de todos nós”. Tinha razão, o que nem sempre acontece quando começa a dar opinião sobre tudo o que deve e que não deve. Cinco anos depois,
Guterres continua a ser o português de que todos nos orgulhamos, pelo prestígio
internacional que cimentou, pelo equilíbrio das suas atitudes e pela sensatez
das suas posições.
Quando procuramos
ilustrar este texto com a imagem de um jornal, verificamos que a imprensa
internacional nem sequer deu notícia desta eleição, tal como a própria imprensa
portuguesa, de que apenas o jornal Público
fez uma pequena referência de primeira página, enquanto os futebolistas que
hoje jogam em Munique mereceram todo o destaque. São os sinais dos tempos, em
que somos anestesiados continuamente por aquilo que os mass media entendem ser importante, o que nos obriga a um enorme esforço
para distinguir o trigo do joio.
Embora na
pequenez que é a dimensão deste blogue aqui fica o nosso vivo aplauso pela reeleição
de António Manuel de Oliveira Guterres como Secretário-Geral das Nações Unidas.
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