Está hoje a
comemorar-se, na Alemanha e em outros países, o 30º aniversário da queda do muro de Berlim, um acontecimento
que, de forma simbólica, acelerou a reunificação alemã, bem como o fim do
sovietismo e da guerra fria.
Depois da 2ª
Guerra Mundial a Alemanha e a cidade de Berlim ficaram divididas em quatro sectores
de ocupação - soviético, americano, francês e britânico – mas as relações entre
as autoridades ocupantes, sobretudo soviéticas e ocidentais, foram geralmente
tensas e daí resultaram duas moedas em circulação, dois ideais políticos e, por
fim, duas Alemanhas. Em 1949, os três sectores ocidentais (americano, francês e
britânico) passaram a constituir a República Federal Alemã (RFA) e o sector
oriental (soviético) tornou-se na República Democrática Alemã (RDA). O ambiente
político e o desenvolvimento económico das duas Alemanhas eram bem diferentes e,
até 1961, calcula-se que quase 3 milhões de pessoas tivessem deixado a RDA em
direcção à florescente RFA. Para contrariar esta realidade, em Agosto de 1961 as
autoridades de Berlim Oriental decidiram iniciar a construção de um muro de
cerca de 4 metros de altura que separava as duas partes da cidade de Berlim e,
ao longo dele, uma avenida também conhecida por “faixa da morte”, dotada de
sistemas de alarme e pela qual circulavam constantemente veículos policiais. O
muro de Berlim tornou-se o ícone da das tensões Leste-Oeste e o símbolo da chamada
Guerra Fria.
No dia 9 de Novembro
de 1989, sob forte pressão popular, o governo da RDA afirmou que era permitida
a passagem para o lado oeste da cidade e milhares de pessoas atravessaram para
Berlim Ocidental. A destruição do muro começou então por iniciativa popular.
Tinha durado 28 anos e, entre 1961 e 1989, mais de cinco mil pessoas tentaram atravessá-lo.
Cerca de uma centena delas morreu quando procurava a liberdade.
Um marco fundamental na História da Europa e do Mundo ... e aconteceu (a queda) de surpresa. Muita coisa mudou nesse dia!
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