Israel e a
Palestina, ou judeus e muçulmanos, estão uma vez mais em guerra pelo que muitas
vidas são perdidas, há uma brutal onda de destruição e fica mais distante uma
paz duradoura na região.
Conhecemos as
razões históricas que alimentam o conflito entre Israel e a Palestina e as
razões que dificultam a coexistência das duas comunidades. Conhecemos a
Resolução 181 de 29 de Novembro de 1947, em que a Assembleia Geral das Nações
Unidas estabeleceu a divisão daquele território em dois Estados, um árabe e um
judeu. Conhecemos as guerras em que se envolveram em 1948, em 1967 e em 1973,
bem como os apoios internacionais que cada uma das partes recebeu. Conhecemos
as frequentes provocações que cada um destes Estados tem feito ao outro. Conhecemos
a obsessão israelita em conquistar espaço territorial aos seus vizinhos. Conhecemos
os riscos que este conflito pode trazer à estabilidade e à paz mundial. Conhecemos
tudo isso e, pela televisão, assistimos à brutalidade da intervenção israelita
que o jornal argelino El Watan classifica como barbárie.
Os
bombardeamentos israelitas têm exibido um enorme nível de destruição, arrasando
edifícios e outras infraestruturas na martirizada faixa de Gaza, um pequeno
território de 365 km2 onde vivem dois milhões de seres humanos.
Pela primeira vez
desde o início da actual crise e sob fortes pressões internas, Joe Biden veio
anunciar que apoia um cessar-fogo entre as duas partes, mas Benjamin Netanyahu
continua a ordenar que a faixa de Gaza seja intensamente bombardeada. Não há sinais
de acalmia, a diplomacia não está a ter os resultados que se desejavam e no
terreno continua “la barbarie israélienne”.
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