O debate que os
candidatos presidenciais americanos sustentaram ontem à noite em Atlanta, não
parece ter tido consequências importantes na corrida eleitoral. Os juízos
opinativos da imprensa americana estão em linha com o alinhamento dos próprios
jornais, em que uns apoiam Biden e outros apoiam Trump, pelo que os efeitos
políticos do debate só serão conhecidos mais tarde. Na sua edição de hoje o
jornal nova-iorquino Newsday diz que o debate
presidencial foi um combate de palavras, o que significa que não se pode
classificar o debate como decisivo, enquanto se escreveu que o debate não foi
mais do que “90 minutos miseráveis”.
Porém, alguns
títulos e algumas afirmações que se podem ler nas entrelinhas de diversa
imprensa, parecem mostrar que Joe Biden esteve pior que Donald Trump. O jornal New York Post diz que “assistimos ao fim
da presidência de Biden”, que esteve triste, resmungão e até tropeçou, enquanto
o britânico Evening Standard escreveu
que “Biden estragou tudo”.
O facto é que os
Democratas parecem ter ficado em pânico com o desempenho de Joe Biden, havendo
quem tenha começado a sugerir a nomeação de um candidato mais jovem para a
convenção de agosto do Partido Democrata, lembrando talvez o sucesso histórico
de jovens como John Kennedy ou Bill Clinton.
Donald Trump foi classificado como
“o pior presidente da história americana” e foi acusado, uma vez mais, de ter
sido o responsável pela insurreição de 6 de janeiro de 2021.Os dois
candidatos divergiram em relação à guerra na Ucrânia, pois Biden disse que
Putin era “um criminoso de guerra” que quer estender a guerra até aos estados
vizinhos que pertencem à NATO, enquanto Trump se referiu a Zelensky como “o
maior vendedor do mundo”.
Foi um combate de
palavras, ou um debate-empate, que o mundo seguiu com muita atenção e ficado à espera da reacção dos eleitores americanos.
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