António Costa foi
escolhido por uma maioria qualificada dos líderes dos 27 estados-membros para
presidir ao Conselho Europeu a partir de Dezembro do corrente ano e essa
escolha é altamente gratificante para Portugal que, em breve, vai ter dois dos
seus mais destacados cidadãos a dirigir as Nações Unidas e a União Europeia.
Num discurso
proferido em 1965, o ditador Salazar tinha afirmado que Portugal era um país
“sem alianças, orgulhosamente só” e aqui temos a prova que o regime instalado
com o 25 de Abril de 1974, além da Liberdade, da Democracia e do fim da guerra
colonial, ainda nos trouxe o respeito da comunidade internacional.
Embora o
presidente do Conselho Europeu não tenha funções executivas e seja um
coordenador de 27 líderes, de 27 vaidades, de 27 sensibilidades políticas e de
27 egoismos nacionalistas, o seu desempenho vai ser muito importante para a
União Europeia, num tempo em que a França e a Alemanha estão muito
fragilizadas, em que a Itália quer maior protagonismo, em que se discutem
opções entre “canhões ou manteiga”, em que é necessário parar com a guerra na
Ucrânia, em que os americanos estão em pânico perante o seu futuro quadro
presidencial, em que os chineses continuam a marchar firmemente para a
liderança do mundo e em que os africanos desesperam por um melhor futuro para
os seus países.
António Costa vai
ter que falar com muita gente, fazer muitas viagens, procurar muitos
equilíbrios e consensos, mas os líderes europeus não duvidaram da sua
capacidade, nem da sua inteligência política, nem da sua moderação.
Lamentavelmente, foi em Portugal que um sistema viciado e vicioso mais procurou
destruir António Costa, afastando-o do governo e levantando suspeitas sobre a
sua honorabilidade, sem que houvesse indícios ou provas. Muita gente de
duvidosa sensatez teve que “engolir um sapo”. Porém, o primeiro-ministro Luís
Montenegro esteve à altura das suas obrigações e deu-lhe todo o apoio. Nós
também.
Excelente resumo sobre todo este processo, não deixando em duas palavras referir o inqualificável veneno que procurou denegrir a personalidade de AC e cercear o seu percurso político.
ResponderEliminarPermite-me que me inclua nesse "Nós também".