sábado, 29 de junho de 2024

António Costa dirige o Conselho Europeu

António Costa foi escolhido por uma maioria qualificada dos líderes dos 27 estados-membros para presidir ao Conselho Europeu a partir de Dezembro do corrente ano e essa escolha é altamente gratificante para Portugal que, em breve, vai ter dois dos seus mais destacados cidadãos a dirigir as Nações Unidas e a União Europeia.
Num discurso proferido em 1965, o ditador Salazar tinha afirmado que Portugal era um país “sem alianças, orgulhosamente só” e aqui temos a prova que o regime instalado com o 25 de Abril de 1974, além da Liberdade, da Democracia e do fim da guerra colonial, ainda nos trouxe o respeito da comunidade internacional.
Embora o presidente do Conselho Europeu não tenha funções executivas e seja um coordenador de 27 líderes, de 27 vaidades, de 27 sensibilidades políticas e de 27 egoismos nacionalistas, o seu desempenho vai ser muito importante para a União Europeia, num tempo em que a França e a Alemanha estão muito fragilizadas, em que a Itália quer maior protagonismo, em que se discutem opções entre “canhões ou manteiga”, em que é necessário parar com a guerra na Ucrânia, em que os americanos estão em pânico perante o seu futuro quadro presidencial, em que os chineses continuam a marchar firmemente para a liderança do mundo e em que os africanos desesperam por um melhor futuro para os seus países.
António Costa vai ter que falar com muita gente, fazer muitas viagens, procurar muitos equilíbrios e consensos, mas os líderes europeus não duvidaram da sua capacidade, nem da sua inteligência política, nem da sua moderação. Lamentavelmente, foi em Portugal que um sistema viciado e vicioso mais procurou destruir António Costa, afastando-o do governo e levantando suspeitas sobre a sua honorabilidade, sem que houvesse indícios ou provas. Muita gente de duvidosa sensatez teve que “engolir um sapo”. Porém, o primeiro-ministro Luís Montenegro esteve à altura das suas obrigações e deu-lhe todo o apoio. Nós também.

1 comentário:

  1. Excelente resumo sobre todo este processo, não deixando em duas palavras referir o inqualificável veneno que procurou denegrir a personalidade de AC e cercear o seu percurso político.
    Permite-me que me inclua nesse "Nós também".

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