terça-feira, 8 de setembro de 2015

Brasil protesta em dia de independência

O dia 7 de Setembro é, oficialmente, o Dia da Independência do Brasil. Nesse dia do ano de 1822 nas margens do pequeno rio Ipiranga, num local que hoje foi absorvido pela malha urbana da cidade de São Paulo, o Príncipe Regente do Brasil D. Pedro de Alcântara de Bragança tomou a decisão de liderar o processo de independência daquela colónia portuguesa. A História regista essa decisão como o chamado “grito do Ipiranga” e, cerca de um mês depois, o príncipe foi proclamado Imperador do Brasil com o nome de D. Pedro I. Assim começou a história do Brasil moderno que, daqui a sete anos vai celebrar o seu bicentenário.
Todos os países têm uma ou mais datas que marcam a sua História e que, juntamente com a bandeira, o hino, a língua e o território, reforçam a unidade e a identidade nacionais: os Estados Unidos têm o 4 de Julho (Dia da Independência), a França tem o 14 de Julho (Tomada da Bastilha), a Índia tem o 26 de Janeiro (Dia da República), Portugal tem o 10 de Junho (Dia de Camões) e o Brasil tem o 7 de Setembro.
Porém, este ano não houve festa no Brasil e, em vez dela, houve largo protesto e muita indignação porque a crise política é grave, a economia está em recessão com a inflação e o desemprego a subirem e a popularidade da Presidente Dilma Rousseff em níveis muito baixos. O tradicional desfile da independência que se realizou em Brasília foi pouco participado e não mobilizou a população, embora o discurso presidencial tivesse agradado a muita gente, como hoje salienta o Correio Braziliense ao destacar que Dilma “fez mea-culpa”. De facto, no seu discurso a Presidente disse que “se cometemos erros, vamos superá-los e seguir em frente”. Não é habitual que os governantes tenham a lucidez de admitir ter errado e, por isso, essa declaração deve dar esperança e ânimo aos brasileiros.
E, já agora, os meus parabéns pelos 193º aniversário do Brasil!

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