segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sopram bons ventos de Espanha

Dizia-se antigamente que “de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”, mas os tempos mudaram. Desde que os dois países adoptaram a democracia como sistema político e que ambos se integraram na União Europeia, as respectivas economias também se têm integrado cada vez mais. Hoje a Espanha é o principal destino das exportações portuguesas e Portugal é o terceiro maior destino das exportações espanholas.
A Espanha é a 5ª maior economia da União Europeia e a 15ª maior economia do mundo. Depois de mais de uma dezena de anos de crescimento acima da média europeia, a economia espanhola começou a desacelerar em finais de 2007 e entrou em recessão em 2008. Em 2009 o produto contraiu 3,7%, em 2012 o défice público cifrou-se em 10,6% e em Janeiro de 2013 o desemprego atingiu 26,7%. A dívida pública espanhola, entre 2009 e 2012, passou de 53,9% para 84,2% do PIB. A juntar às suas dificuldades económicas e ao aumento substancial da pobreza, o problemas das soberanias agudizou-se e até a estabilidade da Casa Real já não é o que era. Porém, há alguns sinais de mudança. As exportações de Espanha cresceram 7,3% em Maio face ao mesmo mês de 2012, prenunciando que a economia anima e que o país está a recuperar da pior crise económica da sua história democrática. Hoje é a edição do jornal ABC que destaca que a próxima EPA (Encuesta de Población Activa) será “a melhor desde que começou a crise” e que, no segundo trimestre deste ano, mais de cem mil pessoas tinham saido do desemprego e que a taxa de desemprego baixara para os 27%. Embora seja uma notícia de um jornal conservador, provavelmente para dar ânimo ao Primeiro-Ministro espanhol, não há dúvida de que estes ténues sinais de retoma também são uma boa notícia para Portugal.

 

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