sábado, 5 de abril de 2014

Há fanáticos ideológicos à solta por aí

Todos nos lembramos da entrada no governo do jovem e promissor Pedro Lomba como secretário de Estado adjunto do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, tendo ficado com a missão de conduzir os anunciados briefings diários com jornalistas, que decorreriam às 12:00 horas, com duração máxima de meia hora. Foi há um ano e foi um monumental fiasco. O Lomba fez lombada.
O Lomba nasceu em 1977, cresceu na periferia de Lisboa e seguramente é um jota fiel. O seu primeiro momento de glória política foi a nomeação como secretário de Estado, mas a sua função ficou vazia depois do fiasco dos briefings. Passou muitos meses na penumbra e reapareceu agora sob a forma de uma entrevista publicada no jornal i que, obviamente, foi combinada com o entrevistador que, por acaso, foi recentemente classificado num blogue como “uma espécie de jornalista”, pois enquanto tal prefere fazer favores aos amigos do que dizer a verdade. A entrevista começa com um familiar tratamento por tu  “nasceste em 1977...” – mas mais adiante muda de tom e passa a tratar o secretário adjunto Lomba por você, que é mais reverencial – Os exemplos que me deu...”. Podia ser uma gralha, mas não é. O amigo do Lomba distraiu-se. A entrevista parece um manifesto ideológico cujo conteúdo é, certamente, o objecto dos estudos académicos do Lomba, mas o seu ponto de maior interesse é a seguinte frase:
O governo tenta continuar e desenvolver o espírito do 25 de Abril original”.
Igual a esta tirada filosófica de apoio ao 25 de Abril, só a cena do Relvas a cantar o Grândola ou o Passos de cravo ao peito. Alguns dos meus amigos dirão que o obcecado Lomba tem muita lata, porque não fala dos portugueses, nem dos seus problemas. O Lomba é um jota que não tem experiência, nem vivência do mundo real, nem da gestão da coisa pública, nem de coisa nenhuma. O Lomba é um atrevido. O Lomba é um fiasco e devia estar calado. Não gosto daquele bigodinho e fico assustado por sermos governados por este tipo de fanáticos ideológicos ou de lombas.

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