sábado, 14 de junho de 2014

Em Defesa da Independência Nacional

Há cerca de 60 anos foi proposto um modelo político e económico para assegurar a paz e a prosperidade na Europa, que começou por juntar seis países, mas que tem sido sucessivamente alargado e que, no essencial, tem correspondido aos ideais dos seus fundadores. O modelo tem evoluído entre uma prática intergovernamental e uma tendência federalista que tem prevalecido através de uma complexa e muito burocrática rede de instituições que, além de serem demasiado dispendiosas, parecem viver fechadas sobre si próprias e afastadas das populações que deveriam servir. Esse centralismo ou essa materialização do ideal federalista, a que o Reino Unido sempre reagiu, foi uma criação dos burocratas e dos apátridas que se instalaram nos corredores comunitários mas, nos últimos anos, começou a revelar-se irrealista, utópico e até ditatorial.
A União Europeia, que deveria ser uma parceria entre iguais, deixou-se arrastar por interesses hegemónicos e as soberanias nacionais foram transferidas, em maior ou menor grau, para Bruxelas e Estrasburgo e, mais recentemente, também para Frankfurt. A arrogância da troika e as intromissões da Comissão Europeia no nosso quotidiano tornaram-se intoleráveis e ofendem os sentimentos soberanos de uma nação com uma identidade bem definida e com nove séculos de História. É preciso romper com esta subserviência a que nos temos obrigado e restaurar a dignidade nacional.
O livro agora publicado pelo economista João Ferreira do Amaral - Em Defesa da Independência Nacional – é um manifesto patriótico de um grande pensador, que reage “à ditadura europeia” e que deve ser lido cuidadosamente e muito meditado. É um livro que invoca as nossas raízes históricas e culturais e que nos revela como a nossa soberania está ameaçada por “uma legião de burocratas europeus”. Todos sabemos que assim é. Por isso, é um livro a não perder.

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