Há cerca de 60
anos foi proposto um modelo político e económico para assegurar a paz e a
prosperidade na Europa, que começou por juntar seis países, mas que tem sido
sucessivamente alargado e que, no essencial, tem correspondido aos ideais dos
seus fundadores. O modelo tem evoluído entre uma prática intergovernamental e
uma tendência federalista que tem prevalecido através de uma complexa e muito
burocrática rede de instituições que, além de serem demasiado dispendiosas, parecem
viver fechadas sobre si próprias e afastadas das populações que deveriam
servir. Esse centralismo ou essa materialização do ideal federalista, a que o
Reino Unido sempre reagiu, foi uma criação dos burocratas e dos apátridas que
se instalaram nos corredores comunitários mas, nos últimos anos, começou a
revelar-se irrealista, utópico e até ditatorial.
A União Europeia, que deveria
ser uma parceria entre iguais, deixou-se arrastar por interesses hegemónicos e
as soberanias nacionais foram transferidas, em maior ou menor grau, para
Bruxelas e Estrasburgo e, mais recentemente, também para Frankfurt. A arrogância
da troika e as intromissões da
Comissão Europeia no nosso quotidiano tornaram-se intoleráveis e ofendem os
sentimentos soberanos de uma nação com uma identidade bem definida e com nove
séculos de História. É preciso romper com esta subserviência a que nos temos obrigado e restaurar a
dignidade nacional.
O livro agora publicado pelo economista João Ferreira do Amaral - Em
Defesa da Independência Nacional – é um manifesto patriótico de
um grande pensador, que reage “à ditadura europeia” e que deve ser lido cuidadosamente e muito meditado.
É um livro que invoca as nossas raízes históricas e culturais e que nos revela
como a nossa soberania está ameaçada por “uma legião de burocratas europeus”. Todos sabemos que assim é. Por isso, é um livro a não perder.
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