domingo, 3 de abril de 2016

Argentinos nas Malvinas 34 anos depois

A guerra das Falklands (para os britânicos) ou guerra das Malvinas (para os argentinos) também têm sido designadas como a “guerra das dez semanas”, pois teve início no dia 2 de Abril de 1982 com a entrada das tropas argentinas em Port Stanley e terminou quando, nessa mesma povoação, o general Mario Benjamín Menéndez se rendeu ao general Jeremy J. Moore às 23 horas e 59 minutos do dia 14 de Junho. Nessas dez semanas tinham morrido 649 argentinos, muitos dos quais foram sepultados num cemitério especialmente construído para o efeito em Port Darwin, a cerca de 90 quilómetros de Port Stanley, o qual se conserva impecavelmente tratado e limpo, como sempre acontece com os cemitérios militares ingleses.
Todos os anos, no dia 2 de Abril, os argentinos costumam homenagear os seus mortos na guerra das Malvinas, um pouco por todo o país. Porém, este ano, o governo da província de San Juan decidiu promover uma visita às ilhas e, pela primeira vez, um grupo de 25 ex-combatentes visitou o cemitério de Darwin. De acordo com a notícia do Diário de Cuyo, o principal jornal da cidade de San Juan, o grupo de 25 ex-militares que combatera naquela mesma área há 34 anos, esteve em peregrinação emocional no cemitério de Darwin, onde passou quatro horas e fotografou, filmou e rezou. Durante a homenagem aos seus camaradas ali sepultados, o grupo exibiu uma bandeira argentina e cantou o hino nacional argentino, acto que as autoridades só permitem naquele local, nos termos de um acordo a que se chegou em 1999, ou seja, “este es en el único de las islas donde los argentinos pueden darse el permiso de expresar lo que sienten por Malvinas”.
Porém, o facto é que os argentinos se aproximam das Falklands, enquanto os navios ingleses se afastam das Malvinas...

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