As ilhas
Falklands, a que os argentinos chamam Malvinas, estiveram em 1982 na origem de
uma guerra em que se envolveram britânicos e argentinos, quando estes, então
governados por uma Junta Militar e reivindicando direitos soberanos sobre as
ilhas, decidiram avançar com uma invasão e a sua ocupação militar.
O governo de
Margaret Thatcher reagiu e preparou uma força militar que se dirigiu para o
Atlântico Sul e que em pouco tempo e depois de duros combates, reocupou as ilhas. A guerra durou dez semanas e traduziu-se
num balanço de 904 mortes e 2432 feridos de ambos os lados, 11.313 prisioneiros
argentinos e elevadas perdas materiais, incluindo o afundamento de vários
navios, designadamente um cruzador, dois destroyers, duas fragatas e um
submarino, mas também a destruição de 49 helicópteros e de 45 aviões de
combate, além de muitas outras aeronaves e embarcações. A Grã-Bretanha impôs-se com notável
rapidez e eficácia e a sua soberania sobre as ilhas foi rapidamente reposta.
Desde então, a
presença naval britânica nas Falklands tem sido contínua, quer como factor de
dissuasão, quer como elemento de apoio às autoridades e à população das ilhas.
Porém, no passado mês de Novembro, alegadamente devido a problemas nos motores
dos destroyers e depois de 34 anos de
continuada presença naval nas Falklands, uma fragata britânica regressou às
ilhas Britânicas e não foi substituída. Aparentemente, até o governo britânico
considerou inaceitável esta decisão da Royal Navy, mas o facto é que esse mesmo
governo de David Cameron tem procedido a “cortes selvagens” nos orçamentos
militares, em nome da crise. A edição de hoje do britânico i - national newspaper of the year - trata
desse assunto, que não deve ser nada agradável para o espírito imperial
britânico.
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