domingo, 1 de janeiro de 2017

O meu voto de boa sorte para Guterres

António Guterres iniciou hoje o seu mandato de cinco anos como secretário-geral das Nações Unidas e esse facto é um acontecimento marcante da nossa história contemporânea, que deixa os portugueses muito orgulhosos.
A partir de agora, todos estaremos mais atentos ao que se passar nas Nações Unidas e no mundo, até porque a inteligência, a experiência e a sensibilidade de António Guterres colocam as nossas expectativas demasiado altas. Nenhum português teve alguma vez um desafio desta dimensão, em que se interceptam as complexas crises que vai enfrentar, que vão desde a Síria aos refugiados, mas que também passam pelo terrorismo, pelas alterações climáticas, pelos direitos humanos e pela fome no mundo.
António Guterres vai encontrar um mar de problemas e uma nau em risco de naufrágio. As Nações Unidas são cada vez mais uma organização paralisada por uma excessiva burocracia e que está a passar por um período de descrédito internacional porque se tem mostrado inoperante perante o conflito da Síria e que, além disso, está muito manchada por alguns episódios de má conduta dos seus funcionários. De facto a ONU está sem rumo, um pouco como acontece com o mundo. A escolha de um português para ocupar o cargo de secretário-geral da ONU é realmente um acontecimento único e nenhum dos seus concidadãos ficou indiferente a esta designação.
O processo de candidatura foi exemplar e meio mundo ficou espantado. Agora todos esperamos que ele consiga, a partir de hoje, colocar as suas capacidades ao serviço da paz mundial e tenha resultados positivos. Como dizia hoje o suplemento Magazine do Diário de Notícias, numa edição especial que lhe foi dedicada, temos ”o mundo no olhar de Guterres” e todos esperamos que ele tenha boa sorte. O mundo precisa mesmo deste António Guterres. Que a sorte o acompanhe.

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