sexta-feira, 13 de abril de 2018

A inoportuna e perigosa escalada na Síria

Os preparos para executar um ataque em grande escala continuam a avançar e os aliados Trump, May e Macron parecem estar de acordo quanto à necessidade de castigar o regime sírio por um alegado ataque com armas químicas contra Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
Porém, os russos insistem que tudo não passou de uma encenação e é por isso que os peritos da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), uma organização que tem sede em Haia e que em 2013 recebeu o Prémio Nobel da Paz, vão começar amanhã uma investigação in loco, tendo sido anunciado que as autoridades sírias estão prontas para garantir a segurança da equipa de peritos e levá-los onde eles quiserem.  
Entretanto, a resposta dos três aliados continua a ser preparada sobretudo ao nível das respectivas opiniões públicas nacionais, porque em cada um desses países se levantam vozes contra uma intervenção na Síria porque a consideram ilegal, inapropriada e de alto risco. Hoje o diário The Times publica uma fotografia do porta-aviões nuclear USS Harry S Truman e destaca que está em preparação a maior força de ataque desde a intervenção no Iraque.
No entanto, se esta força avançar vai enfrentar os russos que estão instalados no terreno e que, provavelmente, dispõem de tecnologia e capacidade militar para enfrentar este desafio. Trump e os seus amigos têm dado sinais contraditórios quanto às suas intenções pois conhecem os riscos que correm, mas também parece já estão numa fase de não retorno.
Temos que pensar que, se alguma coisa acontecer,que não sejam encontros entre russos e americanos, porque aí o caldo pode entornar-se... e ninguém quer o caldo entornado.

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