domingo, 29 de setembro de 2019

Sevilla apresenta “el viaje más largo”

Como tem sido referido em diversos textos já aqui publicados, a frota de Fernão de Magalhães que com a bandeira de Castela saíu para descobrir a passagem do oceano Atlântico para o Mar do Sul e chegar às Molucas navegando para ocidente, largou de Sevilha no dia 10 de Agosto de 1519 e percorreu cerca de 80 quilómetros até à foz do rio Guadalquivir em Sanlúcar de Barrameda. Aí permaneceu durante algumas semanas para ultimar os preparativos da viagem, largando finalmente no dia 20 de Setembro.
Agora que se comemora o 5º Centenário dessa viagem que se tornou na primeira volta ao Mundo, a cidade de Sevilha que foi a capital da expansão marítima espanhola para as Américas e que hoje é uma cidade moderna, dinâmica e ambiciosa, encontrou neste feito histórico uma oportunidade para assumir a liderança dessas comemorações.
Por isso, no quadro das actividades comemorativas espanholas, o programa preparado pela cidade de Sevilha é muito diversificado. Porém, a exposição El Viaje Más Largo: la primera vuelta al Mundo, que está patente em Sevilha no Archivo General de Indias e que apresenta 106 peças e documentos originais é, seguramente, um dos pontos mais altos destas comemorações.
A exposição foi inaugurada no dia 12 de Setembro pelos reis de Espanha e foi organizada pela Acción Cultural Española e pelo Ministerio de Cultura y Deporte, juntando uma colecção de documentos originais únicos, a par de uma apresentação pedagogicamente esclarecedora e com um relato que, no essencial, respeita a verdade histórica, embora seja evidente alguma marginalização da participação portuguesa na viagem. Porém, é uma excelente exposição que interessa a todos os estudiosos da epopeia marítima dos povos ibéricos e, por isso, alguns portugueses já fizeram os 500 quilómetros de Lisboa até Sevilha e, certamente, deram por bem empregue o seu tempo.

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