quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Aproxima-se o referendo escocês

Como recorda hoje The Scotsman, falta um ano para se realizar o referendo em que a Escócia vai decidir se quer continuar ligada ao Reino Unido ou se quer recuperar a sua completa independência perdida há trezentos anos, quando o seu Parlamento aprovou a fusão da Escócia com a Inglaterra e a formação do Reino Unido da Grã-Bretanha. Porém, apesar dessa fusão, muitas instituições escocesas continuaram activas, ao mesmo tempo que a identidade nacional escocesa se manteve muito forte e distinta e, assim, o desejo de independência tem muitos seguidores.
A Escócia ocupa a parte setentrional das Ilhas Britânicas e os arquipélagos das Shetland, as Orcades e as Hébridas, tem 78 mil quilómetros quadrados de superfície e menos de 6 milhões de habitantes. O referendo vai realizar-se no dia 18 de Setembro de 2014 e resultou de um acordo entre o primeiro-ministro David Cameron e o ministro britânico para a Escócia, Alex Salmond, tendo apenas uma pergunta: "Está de acordo que a Escócia seja um país independente?". Segundo algumas sondagens que vão sendo publicadas, há um equilíbrio entre aqueles que votarão no sim e aqueles que votarão no não à independência.
O referendo escocês será, certamente, um factor muito importante para estimular ou desincentivar os processos independentistas que se têm acentuado em Espanha e, em especial, na Catalunha e no País Basco. Por isso, é um assunto de grande interesse para nos ajudar a avaliar o que se passará aqui ao lado. Se o general De Gaulle ressuscitasse, haveria de ficar satisfeito por assistir à materialização da ideia da "Europa das pátrias" que ele defendia, isto é, uma confederação de Estados nacionais que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional, em vez da integração europeia que temos.
 

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