As celebrações do
Dia Nacional da Catalunha que aconteceram no dia 11 de Setembro, dinamizaram o
sentimento independentista, não só na região catalã, mas chegaram também ao
País Basco e à Galiza. O problema é complexo e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy apressou-se a
enviar uma carta a Artur Mas, o presidente do governo regional da Catalunha, no
sentido de discutirem o futuro daquela região noroeste da península Ibérica,
mas rejeitou frontalmente que se realizasse um referendo sobre a independência
da região, como tem sido reivindicado pelos independentistas catalães. Segundo alguns estudos conhecidos, estima-se que metade dos 7,5
milhões de catalães sejam favoráveis à independência, embora exista uma grande
diversidade de modelos, que vão desde a independência completa e formal, até aos
estatutos de maior autonomia mas dentro da Espanha e da União Europeia.
A imprensa espanhola
tem tomado posição sobre esta questão, alinhando-se com os diversos pontos de vista em
confronto. Assim, o diário madrileno
La
Gaceta decidiu traçar um cenário possível para uma Catalunha
independente, especulando sobre o que seria, cinco anos depois de uma
hipotética independência, a economia, a política, a sociedade e a posição
internacional catalãs. E depois de quatro páginas dedicadas ao tema, afirma que
a Catalunha independente teria um futuro de ruina económica, com expulsão da UE
e do euro, a fuga de capitais, a queda das exportações, o aumento do desemprego
e do défice, a deslocalização empresarial e uma acentuada quebra do PIB que
poderia atingir os 23%. E conclui: “uma Catalunha livre, independente e ...
pobre”, ou seja, a independência também é uma moeda de duas faces.
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