Como recorda hoje
The
Scotsman, falta um ano para se realizar o referendo em que a Escócia vai
decidir se quer continuar ligada ao Reino Unido ou se quer recuperar a sua
completa independência perdida há trezentos anos, quando o seu Parlamento
aprovou a fusão da Escócia com a Inglaterra e a formação do Reino Unido da
Grã-Bretanha. Porém, apesar dessa fusão, muitas instituições escocesas
continuaram activas, ao mesmo tempo que a identidade nacional escocesa se
manteve muito forte e distinta e, assim, o desejo de independência tem muitos
seguidores.
A Escócia ocupa a
parte setentrional das Ilhas Britânicas e os arquipélagos das Shetland, as
Orcades e as Hébridas, tem 78 mil quilómetros quadrados de superfície e menos
de 6 milhões de habitantes. O referendo vai realizar-se no dia 18 de Setembro
de 2014 e resultou de um acordo entre o primeiro-ministro David Cameron e o
ministro britânico para a Escócia, Alex Salmond, tendo apenas uma pergunta: "Está de acordo que a Escócia seja um país independente?". Segundo algumas
sondagens que vão sendo publicadas, há um equilíbrio entre aqueles que votarão
no sim e aqueles que votarão no não à independência.
O referendo escocês
será, certamente, um factor muito importante para estimular ou desincentivar os
processos independentistas que se têm acentuado em Espanha e, em especial, na
Catalunha e no País Basco. Por isso, é um assunto de grande interesse para nos
ajudar a avaliar o que se passará aqui ao lado. Se o general De Gaulle ressuscitasse, haveria de ficar satisfeito por assistir à materialização da ideia da "Europa das pátrias" que ele defendia, isto é, uma confederação de Estados nacionais que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional, em vez da integração europeia que temos.
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