terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ensaio sobre a violência

Nos últimos tempos tem-se falado muito de violência doméstica, de violência urbana, de violência psicológica, de violência sexual, de violência física e de outros tipos de violência, mas numa conferência recentemente realizada em Lisboa, o tema da violência reentrou na ordem do dia quando Mário Soares declarou que “a violência está à porta” e que aquela iniciativa tinha sido promovida exactamente “para evitar a violência". O irrevogável ministro Portas e algumas das suas marionetas partidárias, aproveitaram a oportunidade para criticar Mário Soares e aquilo a que chamaram “um apelo implícito à violência”. Porém, não houve nenhum apelo desse tipo e, pelo contrário, tem sido o irrevogável Portas e os seus colegas de governo que repetidamente têm usado a violência sobre a minha pessoa e sobre muitos outros portugueses, dos quais muitos milhares já emigraram, quase um milhão estão desempregados e muitos mais empobreceram.
A violência corresponde sempre a um comportamento intencional e excessivo que causa dano moral ou físico a outra pessoa ou ser vivo, nele se incluindo a violação dos direitos humanos. Aquilo que o governo tem feito torna-me uma vítima da violência governamental, pois mentiu-me descaradamente em campanha eleitoral e depois reduziu-me a qualidade de vida, sem que alguma vez eu tivesse vivido acima das minhas possibilidades. O governo exige-me continuados sacrifícios, mas não vejo que os seus membros e os seus assessores os façam na mesma proporção. É uma violência. É também uma violência a redução da minha pensão para a qual descontei cerca de cinquenta anos, o aumento de todos os meus impostos directos e indirectos, a redução dos meus direitos à saúde, o aumento da minha factura da electricidade e assim sucessivamente. O que nos estão a fazer é uma violência e, em muitos casos, é uma desumanidade e uma ofensa à nossa dignidade. Assim, é a governação de Passos e de Portas ou de Maduro e de Branco, que constitui um verdadeiro caso de violência sobre os portugueses.

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