quarta-feira, 15 de junho de 2016

Euro 2016: os males do excesso de euforia

Adicionar legenda
Iniciou-se ontem à noite em Saint-Étienne a participação portuguesa no Euro2016 e, como hoje titula o jornal A Bola, Portugal bateu no muro. Se foi assim e porque os muros já lá estavam, haveria que evitá-los e parece que pouco se fez para isso. Aconteceu o empate porque os islandeses também entraram em campo para discutir o jogo mas, para já, não vem mal ao mundo por isso.
O problema é que o resultado foi inesperado e até causou perplexidade em alguns jornalistas e comentadores fanáticos que, em vez de darem algum realismo ao que disseram nos dias que antecederam esta estreia pouco brilhante da equipa portuguesa, trataram de endeusar a equipa e cada um dos seus jogadores, por vezes com uma sobranceria e um servilismo a roçar o ridículo. Foi realmente pavoroso observar o que foi dito pela generalidade dos jornalistas e comentadores que encheram as televisões, com transmissões directas por tudo e por nada, que iludiram  os adeptos com a ideia de que “eram favas contadas” e que até “podemos ser campeões europeus”. Os adeptos que percorrem milhares de quilómetros, que pagam bilhete, que pintam a cara de verde e vermelho, que apoiam, gritam e se entusiasmam com a equipa do seu país, mereciam outros comentadores e outros comentários.
Portanto, o problema não foi o empate que é um resultado normal, mas a excessiva euforia que os jornalistas e comentadores passaram para os adeptos, que são quem sofre, quem paga e quem se ilude com o discurso desses papagaios mais ou menos engravatados. Porém, porque ainda faltam mais jogos, os adeptos ainda se poderão alegrar porque os jogadores irão fazer o seu melhor.

Sem comentários:

Enviar um comentário