segunda-feira, 13 de junho de 2016

Marcelo e Costa dão lição de optimismo

A decisão presidencial de comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Paris revelou-se muito acertada, na medida em que deu origem a uma sucessão de eventos de grande importância política, não só em relação ao país que é um dos pilares da União Europeia, mas também em relação à coesão cultural dos portugueses que vivem em França.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa prestaram um serviço notável ao nosso país e puseram François Hollande, Manuel Valls e Anne Hidalgo a falar de Portugal e dos Portugueses, ao mesmo tempo que deram um enorme contributo para melhorar a auto-estima da comunidade portuguesa em França e para lhe devolver um pouco do orgulho nacional perdido. Sem qualquer subserviência ou complexo, como antes acontecera, aqueles dirigentes estiveram à altura da nossa tradição cultural e da nossa dignidade como a mais antiga nação da Europa. Como disse Marcelo, “a França é excepcional, mas nós somos muito melhores”, na linha do que dissera François Hollande ao declarar que “Portugal honra a França”.
Porém, esta decisão presidencial também teve efeitos relevantes no plano interno ao mostrar que é possível partilhar objectivos e estratégias, mesmo quando os responsáveis políticos são oriundos de famílias políticas diferentes, o que se traduz na continuação de um desanuviamento que só pode trazer benefícios ao nosso país em todos os domínios.
O entusiasmo que ferve à volta do Europeu de Futebol e as altas expectativas que rodeiam a participação portuguesa, também contribuiram para gerar esta onda de optimismo em relação à presença dos nossos mais destacados políticos em França. Foi uma oportunidade que não foi perdida. Ninguém ficou indiferente ao nível cultural dos discursos de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, despidos de economez, de mercados financeiros, de estatísticas e daquele provincianismo tão característico dos políticos que vieram de Massamá ou de Boliqueime. Aqui, mas também por essa Europa fora, bem precisamos de homens como aqueles que têm estado em França..

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