domingo, 6 de novembro de 2016

O próximo Presidente dos Estados Unidos

Estamos a pouco mais de 30 horas das eleições americanas e, embora se trate de um assunto interno dos Estados Unidos da América, o facto de se tratar da eleição do Presidente da mais poderosa nação do mundo, dá a esse acontecimento uma relevância planetária. A personalidade que for eleita e que vai suceder a Barack Obama não vai governar o mundo, mas vai influenciar muito do que nele irá acontecer nos próximos anos. Os mass media americanos, mas também em muitos outros países, apoiaram um ou outro dos candidatos, publicando textos a enaltecer as suas virtudes e merecimentos ou a divulgar suspeitas sobre o adversário. As suas fotografias ilustraram a capa dos jornais de todo o mundo e a sua presença nas televisões foi permanente. A América, mas também o mundo que não vota, ficaram a conhecer Hillary Clinton e Donald Trump.
Porém, nesta longa caminhada que são as campanhas eleitorais nos Estados Unidos, os programas dos candidatos não foram suficientemente discutidos e a campanha derivou para contínuas acusações que ultrapassaram o que seria uma campanha normal, muitas delas sobre a vida sexual dos candidatos ou dos seus familiares, mas também sobre as suas posições xenófobas, o desrespeito pelas mulheres, as relações com o fisco ou a forma como acumularam fortuna. Em vez da apresentação de figuras nacionais a apoiar os candidatos, as campanhas utilizaram várias mulheres que se prestaram a fazer depoimentos sobre as agressões sexuais de que teriam sido vítimas por parte de Donald Trump ou do marido de Hillary Clinton.
O resultado das sondagens têm evoluido ao longo do tempo e hoje mostram que o resultado é imprevisível, mas parece haver uma certeza que o Der Spiegel revelou, isto é, foi a campanha mais suja da história americana e as suas consequências poderão ser trágicas e prolongar-se no tempo. De resto, a fotografia que ilustra a capa da sua edição de ontem é elucidativa ao mostrar Trump e Clionton cobertos de lama. Veremos se os eleitores americanos escolhem o menos enlameado dos candidatos.

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