quinta-feira, 15 de junho de 2017

Algumas lições do incêndio de Londres



Ainda não são conhecidas as causas do impressionante incêndio que ocorreu em Londres há poucas horas, que as televisões mostraram e cujas fotografias foram divulgadas pela imprensa mundial, mas muitos jornais perguntam como foi possível aquilo acontecer.
As imagens televisivas mostram que o fogo se propagou com muita rapidez, sugerindo que existia muito material combustível nos revestimentos e no recheio dos apartamentos e que, em vez da madeira, se passaram a utilizar os mil derivados do plástico que têm soluções para todas as necessidades decorativas e que tendem a transformar os edifícios em potenciais tochas incendiárias.
Neste caso, embora ainda nos domínios da especulação, também surgiram algumas críticas à segurança destes edifícios de apartamentos, onde vivem pessoas de culturas diferenciadas, sem elos de solidariedade entre si e onde “cada um trata da sua vidinha”, comportando-se à margem das questões de interesse comum. Assim, a manutenção e conservação, a prevenção de incêndios, a qualidade das redes eléctricas e de gás, a limpeza e a segurança, entre outros assuntos de interesse comum, são desvalorizadas pelas pessoas, que são cada vez mais individualistas.
Nessas circunstâncias, a probabilidade de acontecerem estas coisas aumenta. Haverá inquéritos que irão concluir sobre as causas do incêndio e sobre o que correu mal, mas desde já há uma lição a tirar desta catástrofe: é um direito e um dever de cidadania que as pessoas se interessem pelo seu país, pela sua cidade, pelo seu bairro e pelo prédio onde vivem. Se não, é como pôr trancas na porta depois da casa roubada...
Porém há as vítimas e essa é a parte mais dolorosa desta cruel tragédia. E terão sido muitas, que foram apanhadas pela violência das chamas e por aquela horrenda catástrofe.
 

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