domingo, 29 de abril de 2018

A arquitectura é inovação e é polémica

A SNCF possui alguns terrenos disponíveis no centro da cidade de Toulouse pelo que decidiu convidar arquitectos e projectistas para apresentarem um projecto para a ocupação daquele espaço. O venceder do concurso foi Daniel Libeskind, um arquitecto americano de origem polaca, que apresentou uma proposta para a construção de um arranha-céus com 150 metros de altura e com 40 andares, a ocupar por escritórios, lojas e uma centena de residências, além de um restaurante panorâmico e um hotel da cadeia Hilton. O edifício foi de imediato baptizado como a Torre Occitania, em homenagem a esta região administrativa do sueste da França.
O projecto destina-se à transformação do centro da cidade e assenta na transformação da actual estação ferroviária de Toulouse-Matabiau num grande centro multimodal, que racionalize as funções ferroviárias com outras funções urbanas e ficará integrado no espaço urbano do Canal do Midi, que a UNESCO classificou como Património da Humanidade.
A área total de construção será de 30 mil m2 num terreno de 2.200m2 e as fachadas serão de vidro, com uma sucessão de terraços em cada andar que formarão uma fila vegetal a envolver o edifício.
A cidade de Toulouse é conhecida pelas suas ruas históricas e planas e, por isso, a construção deste edifício confronta-se com um movimento de oposição denominado “Non au gratte-ciel de Toulouse, collectif pour un urbanisme citoyen”, que tem como lema “Tour d’Occitanie: non merci!”. Os promotores do projecto querem começar a obra em 2019 para que possa ser inaugurada em 2022, mas os  oponentes contestam o projecto pela sua altura e por não ter sido democraticamente discutido com a população que vai ser afectada no seu modo de vida por esta obra. Hoje, o jornal Midi Libre de Montpellier edita um caderno especial sobre este projecto que, por ser inovador, também é polémico.

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