A SNCF possui
alguns terrenos disponíveis no centro da cidade de Toulouse pelo que decidiu
convidar arquitectos e projectistas para apresentarem um projecto para a
ocupação daquele espaço. O venceder do concurso foi Daniel Libeskind, um arquitecto americano de origem polaca, que apresentou uma proposta para a construção de um
arranha-céus com 150
metros de altura e com 40 andares, a ocupar por escritórios,
lojas e uma centena de residências, além de um restaurante panorâmico e um
hotel da cadeia Hilton. O edifício foi de imediato baptizado como a Torre
Occitania, em homenagem a esta região administrativa do sueste da França.
O projecto destina-se à transformação do centro da cidade
e assenta na transformação da actual estação ferroviária de Toulouse-Matabiau
num grande centro multimodal, que racionalize as funções ferroviárias com
outras funções urbanas e ficará integrado no espaço urbano do Canal do Midi,
que a UNESCO classificou como Património da Humanidade.
A área total de construção será de 30 mil m2
num terreno de 2.200m2 e as fachadas serão de vidro, com uma
sucessão de terraços em cada andar que formarão uma fila vegetal a envolver o
edifício.
A cidade de Toulouse é conhecida pelas suas ruas
históricas e planas e, por isso, a construção deste edifício confronta-se com
um movimento de oposição denominado “Non au gratte-ciel de
Toulouse, collectif pour un urbanisme citoyen”, que tem como lema “Tour
d’Occitanie: non merci!”. Os promotores do projecto querem começar a obra em
2019 para que possa ser inaugurada em 2022, mas os oponentes contestam o projecto pela sua altura e por não
ter sido democraticamente discutido com a população que vai ser afectada no seu modo de vida por
esta obra. Hoje, o jornal Midi Libre de Montpellier edita um
caderno especial sobre este projecto que, por ser inovador, também é polémico.
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