terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A nova solução aeroportuária para Lisboa

O governo português e a ANA – Aeroportos de Portugal vão assinar hoje um memorando de entendimento que pretende dar resposta aos problemas do aeroporto Humberto Delgado, que em 2018 atingiu o seu nível máximo de saturação com cerca de 29 milhões de passageiros e que, a partir de agora, começou a perder cerca de 1,8 milhões de passageiros potenciais por ano.
A solução tem sido discutida desde há muitos anos, tendo-se pensado em novos aeroportos na Ota ou em Alcochete, mas a solução encontrada foi o aproveitamento da área da base aérea do Montijo para construir um novo aeroporto, que deverá estar em funcionamento em 2022, em paralelo com a ampliação do aeroporto Humberto Delgado.
Os valores do acordo já foram revelados e o investimento global ascenderá a 1.747 milhões de euros, dos quais 1.326 milhões se destinam à primeira fase. Destes, haverá 650 milhões para a ampliação do aeroporto Humberto Delgado, 520 milhões para o novo aeroporto do Montijo e 160 milhões para acessibilidades e compensações à Força Aérea. O prazo da concessão vai estender-se até 2062 e todo o investimento ficará exclusivamente a cargo da concessionária.
O novo aeroporto do Montijo terá 2400 metros de pista e estacionamento para 36 aviões, pretendendo ultrapassar a marca dos 50 milhões de passageiros por ano e chegar aos 72 movimentos de aeronaves por hora.
No que respeita ao modernizado aeroporto Humberto Delgado, salienta-se que vai aumentar a sua área em mais de 32%, passando a poder receber na sua pista os maiores aviões de passageiros do mundo, respectivamente o A380 e B 747. Esse aspecto parece ter sido o que mais interessou o Jornal de Negócios, que ilustra a capa da sua edição de hoje exactamente com uma fotografia do A380.
O acordo que hoje vai ser assinado parece não ter o aplauso unânime das forças políticas e ainda está dependente do estudo de impacto ambiental que está a ser concluído, mas é seguramente um bom passo no caminho do nosso progresso económico.

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