domingo, 3 de novembro de 2013

O Passos passou-se!

Numa altura em que se devia discutir o Orçamento do Estado para 2014, que parece ser bem trágico para a vida dos portugueses, temos um radical Passos a passar-se e a tornar-se num vulgar panfletário, que insulta a oposição e os seus antecessores, que pressiona o Tribunal Constitucional, que manipula indicadores e usa a mentira ou a meia-verdade para enganar os incautos. Ele está desesperado com o atoleiro em que se meteu, de braço dado com a troika e com os seus juvenis assessores, mas fala em sucesso governativo, crescimento da economia, redução do desemprego, milagre económico e eu sei lá que mais. O Passos passou-se. Não vemos nada disso e, pelo contrário, vemos desemprego, decadência, empobrecimento, emigração, indignação, medo, desesperança e ruptura social mas, porque a troika mandou, o Passos obedece-lhe sem pestanejar e, com uma insultuosa arrogância, insiste em meter a oposição numa embarcação que continua a meter água. Passa o dia a insultá-la e passa esse discurso para os seus apoiantes que cantam a uma só voz como se fossem um coro  de igreja e, depois, insiste para que a oposição embarque numa viagem que não é a sua.
É hoje evidente que quando entrou nisto, empurrado pelos relvas, moedas, catrogas e outros companheiros de aventura, ele não tinha ideias nem percebeu onde se metia porque nunca tinha trabalhado e não estudara a lição. E disse que "nós calculámos e estimámos e eu posso garantir-vos: não será necessário em Portugal cortar mais salários nem despedir gente para poder cumprir um programa de saneamento financeiro" (30-4-2011) e "não usaremos nunca a situação que herdámos como uma desculpa para aquilo que tivermos de fazer” (16-6-2011).
São apenas duas das mais emblemáticas mentiras do homem que se passou e que usa a mentira mil vezes repetida como modo de vida político, como se todos nós tivessemos má memória.

 

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